2009-03-13

Tu n'as pas compris!

Após um diligente e mui culto deputado, recém desfiliado do partido pelo qual foi eleito, ter comentado os erros (graves, do ponto de vista da Língua Pátria) de um dos jogos que vem incluído no "Magalhães" com um jornalista(?) de um importante semanário, certamente à falta de melhor assunto, cria-se uma tempestade num copo de água, com honras de chamada à 1ª página, tudo num tom de viva indignação, com ambundantes exemplos dos referidos erros.

Como que por magia. assunto que não mereceria mais do que uma chamada de atenção (até, porque, à hora da publicação da notícia já estavam disponíveis as correcções para os referidos erros), assistimos aos outros media (terá escapado algum?) a juntarem as suas vozes indignadas contra o desgraçado do programa que até já foi premiado pela Unesco e tudo..

Mesmo assim, seria normal, mesmo com uma campanha evidente da maior empresa de software do planeta junto dos media para manter a notícia "viva" (basta ver alguns comentários às notícias que foram sendo publicadas, tipo: "é o que dá meterem-se com o Linux... isso não presta!", "Se fosse bom não era de borla!", argumentos primários repetidos até à exaustão ), ela se desvanecesse sucumbida pela avalanche de catástrofes que, diariamente, são "notícia".

Mas não. Somos um país com uma alma enorme e, como tal, um secretário do Ministério da Educação, quando confrontado com a questão, armando-se em Rainha de Copas, sentenciou: "Corte-se a cabeça!", ou seja: "retire-se o programa que assim ofende a nossa querida língua". Mais, os nossos sábios deputados, à falta de melhor assunto, sublinhando a sua profunda indignação, decidem chamar a ministra ao parlamento... O Eça não se lembraria de uma melhor...

O diligente deputado, após os seus 5 minutos de glória (não creio que tenham chegado aos 15) partiu para outra e aparece a comentar sobre qual o melhor candidato para o partido (o mesmo do qual se desfiliara há pouco) apresentar nas eleições europeias...

Links:
Notícia do "Expresso": http://aeiou.expresso.pt/gen.pl?p=stories&op=view&fokey=ex.stories/501580
Artigo do Rui Seabra com outra visão do assunto: http://blog.softwarelivre.sapo.pt/2009/03/10/ataque-ao-governo-software-livre-ou-ambos/
Artigo de Mário Martins, com abundantes citações dos "gritos de indignação" dos nossos media: http://encontrei.wordpress.com/2009/03/08/magalhaes-com-erros-jornalismo-com-bichos-carpinteiros/
Petição para repor o GCompris no "Magalhães": http://www.petitiononline.com/gcomagpt/petition.html

2008-08-01

The Killing Joke

Os bois de George W. McCain, a prepararem-se para a fase seguinte da campanha ("vale tudo, mesmo tirar olhos"), decidiram lançar um inspirado remake do fabuloso sketch dos Monty Python, agora, na versão alemã:
Para quem não percebeu a "piada", aqui está o original, em inglês (de Inglaterra):

2008-04-09

Será o Windows parte do "plano"?

Falhas gravíssimas no modelo de segurança que permitiram o alastramento avassalador das botnets, atraso na publicação das actualizações de segurança (chegam a demorar meses após a publicação dos mesmos), facilidade extrema de intrusão nesses sistemas... nunca mais acaba a lista :-(

Será que não se trata de uma misfeature que se tornou intencional?

Sim, é a teoria da conspiração de novo, mas quem me conhece sabe que sou minucioso (paranóico?). Só que os factos suportam a "teoria da conspiração"... e o facto do código ser fechado só faz imaginar o pior (bugs, backdoors, a imaginação não tem limites).

É intencional? ou simples desleixo de quem sabe deter mais de 90% do mercado?

De qualquer forma, e aproveitando para responder a alguns comentários sobre o post "Einstürzende Neubauten", anda-se a falar demais na hipótese de as falhas das últimas versões windoze serem deliberadas (vulgo backdoors, nome usado para referir entradas "secretas" nos sistemas) de modo a que "alguém" consiga aceder à informação contida nos nossos computadores e, nem sempre o será para fazer uma cópia da nossa lista de mails, sites visitados ou números de cartões de crédito!

2006-09-18

Einstürzende Neubauten

Os Einstürzende Neubauten (v. Wikipedia) são uma banda alemã que se tornou conhecida, durante os anos 80, pela sua música frequentemente incómoda, que misturava a estética after-punk com ruídos industriais e outras coisas desagradáveis, resultando frequentemente numa colagem musical de forte inspiração Dada, ora genial, ora simplesmente desagradável.

Numa tradução mais ou menos literal, significa "prédios novos ruindo" e foi a primeira frase que me veio à cabeça quando, aqui há 5 anos tomava o café do meio-dia e vi o 2º avião embater nas torres de Nova Iorque.

Na altura pensei simplesmente: olha, o Bush andou a cantar de galo e agora o Bin Laden resolveu "baixar-lhe a gripa..."

Porém, nem toda a gente ficou com essa impressão... estou-me a referir de uma entrevista, que vi recentemente na televisão (Canal 2 -- where else?), de um engenheiro civil americano, especialista em implosões de prédios que diz, que quando viu as torres a cair, deu um pulo da cadeira, apercebendo-se imediatamente do que tinha acontecido: os prédios caíam devido a explosivos colocados na estrutura e não devido ao impacto dos aviões ou ao fogo subsequente.

A partir daí, parti pela net à procura de mais dados, ainda na esperança de encontrar testemunhos credíveis (isto é, não ligados ao governo ou aos grandes grupos de media nem aos grupos mais radicais que vêem conspirações em cada esquina) de que, afinal, Bush não chegava ao extremo de Nero (que, até há quem diga que não teve nada a haver com o incêndio de Roma). Infelizmente, não parece ser esse o caso, o que só torna a coisa ainda mais hedionda.

Um dia, espero, ainda haveremos de ver metade desta administração americana no banco dos réus. E, apesar de ser contra a pena de morte, até não me importo de abrir umas excepções nestes casos.

Para quem (ainda) tiver dúvidas, poderá começar por dar uma vista de olhos nestes links:
911truth.org
9-11 Research
Um excelente (e extenso) documentário
Notícias sobre o 11 de Setembro (Google)
Documentários (Google Videos)
E a parte mais escandalosa da mentira que, se não fosse trágica (em Nova Iorque, nesse dia morreram mais de três mil pessoas), até podia dar origem a um divertido passatempo chamado "Onde estão os Boeing?":
Onde está o Boeing que embateu no Pentágono?
Onde está o Boeing dos heróis?

"Chegado o milénio, mês 12, na casa de maior poder, o idiota da aldeia acabará por ser aclamado chefe"

2006-08-07

Kubuntu - finalmente! :-D

Após um mês de utilização ineterrupta da última versão (Dapper), só dá para dizer que percebo perfeitamente os utilizadores de Gnome que, desde há um ano para cá, me diziam para mudar de Debian para Ubuntu. O certo é que, como "viciado" em KDE, não era uma interface Gnome que me iria impressionar (sinceramente, acho que, agora, até o XFCE e o Blackbox são mais amigáveis para o utilizador que o Gnome, com as decisões que toma em relação ao que um utilizador pode ou não fazer com um ficheiro... mas não quero começar uma 'guerra' de interfaces, sobretudo com os "viciados" da consola).

Após os problemas relatados anteriormente (que se reportavam às versões beta do 'bicho'), consegui ter um desktop KDE mais estável e bleeding-edge (ainda) do que tinha com o Debian testing com um ou outro pacote da unstable.

A verdade é que tudo (so far), desde próprio KDE, passando pelo CUPS até ao Java (e a respectiva impressão, seja para impressora, seja para ficheiro) está a funcionar acima dos 99,9% :-D (só não aparece 100% porque já vi um crash do KDE – foi há mais de uma semana e não se repetiu).

Mais: fiquei impressionado, quando comecei a ver actualizações de segurança a serem disponibilizadas para Ubuntu/Kubuntu antes de o serem para Debian. Confirmado de seguida aqui. É claro que há que dar um desconto, porque a importância das actualizações de segurança depende largamente da vulnerabilidade verificada (grande parte das vezes são altamente improváveis e implica acesso interno à rede de computadores, isto é, uma firewall ou simplesmente um router devidamente configurado resolve o problema).

Além disso, suporte para drivers NVidia e codecs 'manhosos' (leia-se: com licenças duvidosas, como o MP3, p.ex.) quase out-of-the-box (basta visitar o gerador automático de listas de repositórios e escolher o tipo de sistema que pretendemos.

Resumo (à moda do Prof. Martelo, e numa escala de 0 a 20, considerando a resistência do sistema a falhas de programação, i.é., dos programadores, e a estabilidade geral, adaptado às espectativas e tecnologias das épocas em que foram lançados e, mais ou menos, por ordem de experimentação dos respetivos sistemas):

MS-DOS 3.3:8
MS-DOS 5:9
DR_DOS 6:16
Windows 3.1:8
Windows 3.11 (p/ workgroups):11
Windows 95:7
Windows 98:6
Windows Millennium:1
Windows NT 4:10
Windows NT 5 (W2000):11
Fedora Core 3:13
Mandrake 10:12
Debian (sarge):19
Windows NT 5.5 (XP):12
Debian (etch):15
Kubuntu 6.06 (Dapper):17

Disclaimer: como referido acima, isto reflecte a análide de alguém (eu) que, além de desenvolver aplicações que se estampam frequantemente (na fase de desenvolvimento, claro), também gosta de ouvir música (on-line) e de usar aplicações gráficas (desde o GIMP, até ao Inkscape ou Istanbul). No meio de isto tudo é fundamental que o servidor CVS (shame on me, ainda o continuo a usar), a Base de Dados, o cliente de mail e, sobretudo o S.O. e o respectivo sistema de ficheiros sejam de confiança absoluta – OK, tão próximo quanto possível da perfeição, que, para o resto, existem os backups ;-)

Nota: O Debian Sarge aprace com uma nota superior ao Kubuntu, mas há que reparar que se trata de uma das distribuições mais conservadoras em relação às versões dos pacotes que publica, portanto, menos apropriada para Desktops bleeding-edge (como tal, com menos 'bolinhos' para os olhos!) e a versão servidor do Ubuntu, neste momento, ainda não foi testada em produção, apesar de as indicações serem muito animadoras.

2006-06-20

DNS.PT

Ando já há alguns dias a tentar renovar o domínio da minha empresa. Fui ao sítio da FCCN correspondente (www.dns.pt), pedi um login e uma password que me foi prontamente enviada.

No entanto, quando me vou autenticar, obtenho como resposta: "Login inválido. Por favor tente mais tarde".

Tentei mais tarde e depois no dia seguinte, sempre com o mesmo resultado. Tentei também com o Konqueror e, aí, nem resposta obtive.

Enviei um mail e, na resposta, dizem-me para tentar de novo... assim fiz, com o mesmo resultado. Enviei outro mail a frisar que estava a usar Firefox e Linux e obtive como resposta que não detectaram qualquer problema na autenticação com o Firefox (nem uma palavra sobre Linux).

Como já se estava a arrastar há alguns dias, resolvi telefonar já na perspectiva de saber de alternativas sobre como proceder à sua renovação.

A melhor sugestão foi procurar um amigo que usasse Windows e tentar a renovação a partir da sua máquina...

Enfim, em desespero de causa, fui (já sem grande esperança) experimentar noutra máquina (o servidor, que está a correr Debian stable, em vez do testing, que é o que uso na minha máquina de trabalho). Então, não é que funcionou?

Possível explicação: a versão do browser. Enquanto que no etch (testing) o Firefox vai na versão 1.5.0, no sarge (stable), é a 1.0.4.

Não! Testei outra vez com o Konqueror, no sarge, e também funcionou :-S

Desconheço as razões destas discrepâncias, mas fica aqui o aviso para quem vier a seguir: se não se conguirem autenticar a partir de um sistema Linux, dirijam-se a casa de um amigo que (ainda) use Windows :-(

2006-05-11

Get LEGAL!

Get OpenOffice

Todo o seu software está legal? De acordo com os dados da Microsoft, 35% do software instalado nos PCs do planeta é ilegal!

Cá em Portugal, deve ultrapassar os 50%... e, pelo que tenho ouvido dizer, isto incluí desde Ministérios até à própria Polícia Judiciária, mas eu não quero acreditar nisso ;-)

A solução está aqui ao lado...

Get legal. Get OpenOffice.org

Kubuntu (parte III)

Enquanto não sai a versão final continuo às voltas com as betas... da última vez tentei instalar o driver da Nvidia (na última versão - beta 6 não tinha instalado o driver) e borrei a pintura...

Agora, simplesmente, o X não arranca :-(

Como a beta 7 não cabe (por pouco) num CD-RW (650MB), vou esperar pela versão final que deverá sair dentro de um mês ou dois.

2005-12-29

Exterminador Implacável (parte 2)

Parece que os conterrâneos de Schwarzenegger ficaram ofendidos com a sua atitude para com Stanley Williams (v. post anterior) ao negar-lhe o indulto e decidiram retirar o seu nome do estádio local, em deliberação camarária, que só contou com os votos contra do Partido Popular (direita).

Notícia (para quem ainda não viu) na Rádio Cooperativa (Chile) e no Megafónix.

2005-12-28

Upgrade (parte 2)

Segundas Impressões

Tanto o monitor como o computador recomendam-se vivamente! Não serão (espero) objecto de futuros comentários. Mantêm-se as classificações (Muito Bom)!

KVM

Primeiro, há-que dizer que o problema com o KVM, aparentemente, deveu-se ao facto de, na altura, o ter tratado 'mal'.

Foi ligado 'a quente' (com as máquinas ligadas) e depois de ter detectado alguns problemas com o comportamento do rato, desliguei ambas as máquinas e liguei uma de cada vez. Parece que o problema (o teclado não funcionar) só se verifica quando a segunda máquina não está ligada. De qualquer modo, um dia (mais tarde) tentarei sistematizar a 'coisa'... por enquanto, fico feliz por se comportar como esperava. A classificação, ainda provisória, passa para Bom+ :-D

Kubuntu

Sendo alérgico ao Gnome decidi recorrer a uma versão beta do Kubuntu para obter as últimas novidades do KDE. A verdade é que não sobreviveu mais de dois dias... provavelmente, fiquei viciado irremedialvelmente na infinita versatibilidade do Debian.

Eu explico: preciso de um sistema que me permita desenvolver aplicações, nomeadamente em Java, deixando-me liberdade completa quanto à escolha da máquina virtual e da interface de desenvolvimento (IDE) -- problemas na integração com o repositório Debian Unofficial, aliado a um crash do KDE "empurraram-me" de volta para o Debian (testing/unstable).

No entanto, já tenho uma partição reservada para testar a próxima versão estável(?) do Kubuntu e sinto-me tentado a recomendá-lo para o utilizador "comum". A classificação será revista ASAP.